O Rock Satânico
“Canto para inca doce satã.
Quero ir para o inferno”.
(Canção do conjunto Led Zeppelin)
“Prazer em conhecê-la. Chame-me apenas Lúcifer”.
(Da canção Rock Simpatia pelo demônio)
O Rock’ n’ Roll não é somente um tipo de música popular; mais do que isso, é uma cultura, com um modo próprio de vestir-se, de falar, de comportar-se; trata-se de uma atitude diante da vida, empanada de anarquismo, de uma postura religiosa que se caracteriza pela revolta contra Deus e a religião. Em última análise, constitui uma espécie de contra-religião, uma religião satanista.
Rock, um dos meios mais poderosos para a difusão do satanismo
Muitos especialistas têm visto na cultura Rock um dos meios mais poderosos para a difusão do satanismo. (Cf. Bernhard WENISCH, Satanismo, p. 29; W. S. DIAS, Por detrás do Rock in Rio: presença do satanismo? pp. 4-6.; C. A. MEDEIROS, Rock and Roll e satanismo, pp. 1-7.)
Influência de Crowley, “o personagem mais imundo e perverso da Grã-Bretanha”
Para melhor compreendermos essa afirmação, devemos recordar, ainda que rapidamente, um dos inspi- radores confessos desse movimento Rock, sobretudo do Rock pesado (Hard Rock), onde as características sata- nistas são mais marcantes. Trata-se do satanista inglês Sir Aleister Crowley (1875-1947) considerado pela justiça inglesa como “o personagem mais imundo e perverso da Grã-Bretanha”, que morreu amaldiçoando seu médi- co por ter-lhe negado mais uma dose de morfina. Sobre sua tumba, após o enterro, foram realizadas cerimônias satanistas, com o cântico da Ode a Satã, de Carducci, o que provocou o protesto da Câmara dos Vereadores de Brighton.
Ele foi fundador ou participante de várias ordens ocultistas inicíaticas, entre as quais a Astrum Argentium (AA) que, em 1920, se transferiu para Cefalú, na Sicília. Em conseqüência de uma morte suspeita na comunida- de (falou-se de morte ritual), a policia interveio e a AA foi expulsa do país.
“Em definitivo, comenta um autor a respeito de Crowley, o mago suscitou muitas devoções, mas — coro- lário ou contrapartida — numerosos discípulos, sobretudo mulheres, se suicidaram tornaram-se dementes ou fica- ram reduzidos a meras ruinas” (Serge HUTIN, On l’appelait ‘la Grande Bête’, p. 121, nota 1.)
A doutrina de Crowley, de maneira mais insinuada do que explicita, foi popularizada pelos Beatles e difundi- da por meio dos movimentos hippie e Rock a partir dos anos 1960. Tal doutrina se resumia na seguinte frase: “Faça o que quiser, esta é toda a lei” (Cf. B. Wenisch, op. cit., p. 27.)
O próprio Crowley considerava esse programa anárquico como algo satânico. Numa referência ao Capí- tulo 13 do Apocalipse, ele se autodenominava “a grande besta — 666”. (Este número do Apocalipse provavelmen- te contém uma alusão a Nero como instrumento do demô- nio e costuma ser utilizado para designar o anti-Cristo.). Crowley se considerava uma encarnação de Satanás, e sua religião poderia ser qualificada como um panteísmo satânico.
O culto proposto por Crowley é todo permeado de orgia sexual, que para ele é a “meta final, divina e ab- soluta, forma mais elevada da vida satânico-divina”. (B. WENI5CH, Satanismo, p. 27.)
Rolling Stones: “Simpatia pelo demônio”
Bernhard Wenisch escreve em seu livro Satanismo: “Uma fonte que esclarece em parte a difusão das idéias satanistas entre a juventude é o Rock pesado (Hard-Rock). A onda já começou no final dos anos 60, quando foi lança- da, por exemplo, a música dos Rolling Stones — Simpatia pelo demônio (Sympathy for the Devil). Desde 1970, o conjunto musical Black Sabbath — Sabá Negro apresen- tou continuamente temas satânicos. Em 1980 foi sucesso mundial a música Sinos do inferno (Hell’s Bells) de AC/DC. Outro sucesso, em 1982 foi O número da besta (The Num- ber of the Beast), do Iron Maiden. Atualmente quase todos os grupos de Hard-Rock/Heavy Metal-Band apresentam o tema satânico. Que o pensamento de Crowley esteja apadrinhando essas canções não é apenas demonstrável históricamente, mas é possível percebê-lo claramente no conteúdo das letras”. ( B.WENI5CH, Satanismo, p. 29.)
Essa ligação é atestada, por exemplo, por um ex-roqueiro americano, Charles Gugel, que, tendo abandonado o movimento Rock, declarou o seguinte: “Jimmy Page, autor das músicas e líder do grupo Led Zeppelin, admitiu abertamente, por diversas vezes, sua fascina- ção por magia negra e feitiçaria. Ele possui uma livraria ocultista em Londres, chamada The Equinox e vive num castelo infestado pelo demônio, que pertenceu a Aleister Crowley”. (W.S. DIAS, Por detrás do Rock in Rio: presença do satanismo?, p. 5.)
Canções satânicas
Quanto à influência satanista nas letras das can- ções Rock, basta tomar algumas delas para fazer a cons- tatação: as mais explícitas, como as que citaremos a se- guir, chegam a evocar diretamente o demônio e a execrar Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Igreja, como o fariam canções compostas pelo próprio demônio. Outra caracte- rística que chama a atenção, e que está bem de acordo com a psicologia de Satanás, é o desespero que domina essas canções, a nota de uma condenação irremissível ao inferno.
Sinos do inferno
Vejamos, em primeiro lugar a canção Hell’s Bells - Sinos do Inferno, do conjunto australiano AC/DC (siglas que, segundo alguns, quer dizer Anti-Cristo/Companheiros do Demônio):
Você é ainda muito moço.
mas vai morrer.
Eu te levarei ao inferno.
Satanás vai te pegar!
Sinos do inferno,
sinos do inferno.
(W. S. DIAS, Por detrás do Rock in Rio: presença do satanismo?, p. 4.)
Auto-estrada do interno
Outra canção desse conjunto apresenta a mesma nota de desespero satânico. Ela se intitula significativa- mente Auto-estrada do inferno:
Eu estou indo para baixo.
É hora de festa.
Meus amigos estarão lá também.
Estou na auto-estrada para o inferno
Não há sinais de ‘pare’, nem velocidade limitada.
Ninguém vai me frear...
Ei Satanás, estou pagando minha dívida
tocando num conjunto Rock...
Estou no meu caminho para a terra prometida.
Estou na auto-estrada para o inferno.(Ibidem,p. 4.)
Canto para meu doce satã Quero ir para o interno.
A nota de desespero blasfemo e luciferismo é ainda mais acentuada na letra abaixo do conjunto Led Zeppelin:
Deus me abandonou,
Não há escapatória.
Canto para meu doce satã.
Todo poder é de meu satã,
que nos dará o 666 [o Anti-Cristo].
Quero ir para o inferno. (W.S. DIAS. op cit., p. 6.)
Meu nome é Lúcifer
O conjunto Black Sabbath — cujo nome já é uma profissão de fé satanista, lembrando os sabás das feiticeiras — canta como se fosse o próprio demônio:
Agora você está comigo em meus pensamentos.
Nosso amor a cada momento se torna mais forte.
Olhe dentro de meus olhos.
Você verá quem eu sou. Meu nome é Lúcifer.
Pegue minha mão por favor.
(C.A. MEDEIROS Rock and Roll e satanismo, p. 4.)
Simpatia pelo demônio
Os Rolling Stones, um dos mais famosos conjuntos Rock, não hesitam em cantar a música com o título inteiramente explícito de Simpatia pelo demônio, na qual também é o próprio Satanás quem fala, numa soberba demencial:
Peço licença para me apresentar...
Eu estava por perto quando Jesus Cristo
teve seu momento de dúvida e de dor.
Assegurei-me amaldiçoadamente de que
Pilatos lavaria as mãos e decidiria seu destino.
Prazer em conhecê-lo.
Espero que advinhe meu nome...
Chame-me apenas Lúcifer.(C. A. MEDEIROS, Rock and Roll e satanismo, p. 6.)
O Deus do Trovão
Talvez a canção mais explicitamente satanista seja God of Thunder — Deus do Trovão, do conjunto Kiss, que a apresentou a uma platéia de milhares de jovens no Estádio do Morumbi, eu São Paulo, em junho de 1983. Se- gundo algumas interpretações, o nome do conjunto, Kiss (palavra que significa beijo, em inglês), seria de fato uma sigla formada pelas iniciais de Knights In Satan Service — Cavaleiros a serviço de Satanás. Eis a sua tradução:
Eu fui criado por demônios.
E cheguei a reinar como o Senhor porque eu sou
o Deus do Trovão e do Rock´n ‘Roll...
Eu fui criado por um demônio.
Fui treinado para reinar como um deles.
Eu sou o Senhor da terra desolada. (Ibidem, p. 2.)
Eu não gosto de Cristo... Eu não gosto da Igreja
Já o conjunto brasileiro Titãs faz uma profissão de fé anarquista-religiosa, explode numa revolta satânica contra Deus:
Eu não gosto de padre.
Eu não gosto de madre.
Eu não gosto de frei.
Eu não gosto de bispo,
Eu não gosto de Cristo...
Eu não gosto do terço,
Eu não gosto do berço
de Jesus de Belém.
Eu não gosto do Papa,
eu não creio na graça
do milagre de Deus.
Eu não gosto da Igreja,
Eu não entro na Igreja.
Não tenho religião. (C.A MEDEIROS, Rock and Roll e satanismo, p. 7.)
Nós destruiremos o altar-mor...
Outro conjunto brasileiro, Sepultura, na música in- titulada Crucifixão, faz também profissão anarquista-reli- giosa e nega diretamente a divindade de Nosso Senhor:
Nós negamos os deuses e suas leis.
Desafiamos seu supremo poder,
crucificado pelo poder das trevas...
Ele deixou as igrejas para nos atormentar.
Nós destruiremos o altar-mor...
Mostraremos ao mundo nosso ódio.
Os padres terão seu tormento final.
Romperemos as igrejas, nós temos um ideal...
O gênero humano ruma para o suicídio
Eles têm fé no falso Deus
se chamam Cristo.
que prega o bem e a beleza. (Ibidem,p.7.)
Diante desse satanismo explícito do movimento Rock’ n’ Roll, que reune dezenas e às vezes centenas de milhares de jovens em shows-monstro — autênticas or- gias anti-cristãs — que proporções tomam os sabás de séculos passados, contra os quais lutou tanto a Igreja?
Por que o silêncio em relação a esses sabás modernos?
(Retirado do Livro: Anjos e Demônios, a luta contra o poder das trevas - Gustavo Antônio Solímeo e Luiz Sérgio Solímeo)
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