Belo Horizonte | 21 de março de 2012 | Um grupo de mulheres realizou ontem, 20 de março, um protesto pela presença da ministra Eleonora Menicucci, titular da Secretaria da Presidência da República de Políticas para as Mulheres, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Minas Gerais (OAB-MG).
A ministra foi convidada pela Secretária Geral da OAB-MG, advogada Helena Delamonica, como palestrante na comemoração do Dia Internacional da Mulher organizada pela instituição na capital mineira. O evento teve lugar ontem às 19:30 horas.
A ação de repúdio à ministra foi organizada pela Associação Mulheres Mineiras em Ação (AMMA) por considerar que a presença da ministra macula a honorabilidade de uma entidade destinada a honrar a lei. A ministra Menicucci é uma promotora ativa do aborto, que já declarou ter realizado nela e em outras mulheres.
Menicucci é socióloga, atuou na década de sessenta nos grupos subversivos Organização Revolucionária Marxista Política Operária (POLOP) e Partido Operário Comunista (POC), e recebeu treinamento na Colômbia para a prática de abortos clandestinos através do método de sucção, que replicou no Brasil.
A socióloga assumiu em fevereiro de 2012 a Secretaria de Políticas para as Mulheres por indicação direta da Presidente Dilma Rousseff, de quem foi companheira de prisão em São Paulo durante o governo militar.
O protesto foi realizado em silêncio, ao final da palestra da funcionária, expondo faixas em favor ao direito à vida das mulheres - e homens - no útero. Perante ao protesto, Delamonica encerrou a celebração, cancelando o tempo que seria destinado a perguntas do auditorio. Durante sua palesta, a ministra evitou falar explicitamente dos supostos "direitos reprodutivos". A audiência de aproximadamente 70 pessoas, estava composta majoritariamente por advogadas.
A presidente da AMMA, Marta Maria Pelypec, manifestou sua inconformidade com a OAB-MG destacando que a grande maioria das mulheres mineiras é radicalmente contra o aborto.
"Admira-me muito, que a entidade que agrega os defensores da lei, homenageie uma criminosa confessa que não foi julgada, sentenciada e nem mostrou arrependimento, muito pelo contrário. Não nos esqueçamos que o aborto é crime no nosso país, embora por muitos anos alguns quiseram mudar a lei", disse.
Pelypec considera que Menicucci não deveria ser titular da Secretaria de Políticas para as Mulheres por ser uma "militante radical" que defende de forma seletiva e ideologizada só alguns supostos direitos, ignorando os verdadeiramente fundamentais.
"Dizer que seu ministério luta pelas desigualdades sociais e a não violência contra as mulheres é um grande engodo pois essa função deveria ser exercida por alguém que não tenha feito tanto e lutado em prol de uma distorção da natureza. E é por isso que clamamos. A ministra deve defender a todas as mulheres, inclusive as nascituras. O aborto é uma injustiça, é a pena de morte para os mais inocentes dos inocentes", afirmou.
Na valoração da AMMA a presidente Dilma, ao nomear "sua amiga para essa posição, demonstrou que nunca mudou realmente sua posição dos tempos de candidata para agora, na verdade ela é favorável ao aborto, ainda que oculte esta posição por motivos eleitoreros".
Voto Católico | Belo Horizonte.
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