terça-feira, 28 de maio de 2013

Relativismo moral e indiferentismo religioso - Moysés Azevedo


"Gostaria de iniciar com Mt 20,1-16: os operários da última hora. Na primeira pregação de ontem, vimos a Palavra que o Senhor nos deu através da Igreja: '[...] hoje partis novamente em missão'. Vimos que isso não poderia acontecer se não estivermos fincados na primazia da graça e sem crescermos nos nossos laços de comunhão e na unidade que Deus nos chamou  a viver. Hoje falaremos do 'partir em missão'. É importante, para isso, sabermos aa quem somos enviados e a que mundo estamos sendo enviados.

O Papa Bento XVI, ao falar da Europa, descreve o mundo ocidental ou ocidentalizado de hoje: 'Hoje a Europa, que acabou de sair de um século profundamente ferido por duas guerras mundiais e depois do desmoronamento de duas ideologias que se revelaram com trágicas utopias, está em busca de sua identidade [...] É preciso suscitar uma renovação ética e espiritual que se inspire nas raízes cristãs do continente, porque de outra forma não se pode reconstruir a Europa. Sem esta linfa vital, o homem permanece exposto ao perigo de sucumbir à antiga tentação de querer redimir-se sozinho, o que, como diz João Paulo II, significou um retrocesso, um regresso sem precedentes a um tormento histórico da humanidade'
Como identificar este tormento histórico? Relativismo moral, indiferentismo religioso (o último censo no Brasil mostra que os católicos tiveram um pequeno crescimento, os evangélicos continuaram seu crescimento, embora menos intenso, mas o grande crescimento de hoje são das pessoas sem religião, ou seja, do indiferentismo religioso). Atormenta-nos o surgimento de um fenômeno novo, do terrorismo em nível global, que cria uma paranoia mundial. O flagelo das drogas na juventude (e acabamos nos acostumando com o que é ruim e, assim, o que é ruim vai se tornando cada vez pior) e no meio do nosso povo em geral. Já começamos a ter famílias flageladas pelas drogas, nas quais os próprios pais iniciam seus filhos na dependência. É um flagelo que não temos como medir: entre os profissionais que são chamados a combater as drogas, na Medicina, no Direito, nos Tribunais, nos poderes da República, nas Universidades, nos mais pobres, nos pescadores. Uma juventude sem sentido de vida, refugiando-se nas drogas, nas tribos mais estranhas (infelizmente não as conhecemos bem, para bem combatê-las), nas seitas exóticas e satânicas (na Itália, meio milhão de pessoas têm contato com organizações satânicas). Há mensagens satânicas na internet que atingem especialmente os jovens. Nelas se fala mais da morte que da vida, mais de Satanás que de Deus. Os jovens, com frequência, se sentem chamados a experimentar disso. Nesses ritos, há uso de drogas e de sexo. A juventude perde seu sentido de vida no consumismo, na idolatria do saber e do possuir."

Moysés Azevedo, Fundador da Comunidade Católica Shalom.
(Retirado de: Caminho de Conversão, pág 85-86)

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