A Medalha Milagrosa teve origem nas Aparições da Santíssima Virgem na Capela da Rue de Bac, Paris em 1830. Num sábado, 27 de Novembro de 1830, véspera do 1º Domingo do Advento, a Virgem Imaculada apareceu a Santa Catarina Labouré, Filha da Caridade de S. Vicente de Paulo, e confiou-Lhe a missão de mandar cunhar uma Medalha, segundo o modelo que lhe mostrou: “Fazei cunhar uma medalha conforme este modelo, disse Nossa Senhora. As pessoas que a trouxeram com confiança receberão muitas graças, sobretudo se a trouxeram ao pescoço.”
Uma difusão imediata e prodigiosa tornou a Medalha conhecida. Inúmeras graças de conversão, de proteção e de cura, foram alcançadas com ela. Perante isto, o Arcebispo de Paris, Monsenhor de Quélen, ordenou um inquérito oficial sobre a origem e os efeitos da Medalha da Rue de Bac.
Deste conclui-se “A rápida propagação, o grande número de medalhas cunhadas e distribuídas, os admiráveis benefícios e as graças singulares obtidas, parecem sinais do Céu, que confirmam a realidade das aparições, a veracidade das narrativas da vidente e a difusão da medalha.”
Em 1846, e Roma, após a conversão de Afonso Rastisbonne, o Papa Gregório XVI confirmou as conclusões do Arcebispo de Paris.
A Medalha Milagrosa é instrumento da incansável bondade de Maria para com os pecadores e os que sofrem. Os cristãos que nela souberem meditar encontrarão um resumo de toda a doutrina da Igreja sobre o lugar de Maria na obra da Redenção e a Sua mediação universal.
Simbologia da Medalha
A medalha é a compilação gráfica das grandezas de Maria e de sua história no plano de Salvação de Deus.
Explicação da Medalha Milagrosa
A Santíssima Virgem de pé sobre o globo terrestre: isso significa que Ela, além de ser Nossa Mãe do Céu, é também a Rainha da Terra e de todo o Universo. Ela esmaga sob seus pés uma serpente que representa o demônio, que tenta continuamente os homens com o intuito de levá-los para o inferno. Nossa Senhora tem um poder incomparavelmente maior que o do demônio. Ela protege todos os filhos que Lhe pedem com confiança. De Seus dedos saem raios de luz. Estes raios representam as graças que a Santíssima Virgem concede aos que se devotam a Ela. Perguntada por Santa Catarina por que de alguns dedos não saíam raios, Ela respondeu que desejava conceder mais graças, porém os homens não Lhe pediam. A data de 1830 marca o ano das aparições de Nossa Senhora nas quais Ela revelou a Medalha a Santa Catarina Labouré. Foi no final da tarde do dia 27 novembro. Em volta da Medalha lê-se a frase: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”. Nossa Senhora mandou colocar na Medalha esta curta oração para que ela fosse repetida com freqüência. Isso equivale a praticar constantemente e pessoalmente um ato e uma profissão de fé.
No reverso da medalha
O grande “M” encimado por uma Cruz é a inicial do nome de Maria, a Santíssima Virgem, nossa Mãe do Céu. A cruz é a de Jesus que morreu por nós; ao pé da Cruz acha-se Maria, que sofre e nos ama em união completa com Jesus. Em torno há 12 estrelas: Como Rainha do Céu e da Terra, a Santíssima Virgem possui uma coroa de 12 estrelas, que representam o seu poder sobre toda a criação.
Tudo o que pede a Deus, Ela obtém. Lado a lado estão os corações de Jesus e de Maria. Ambos possuem pequenas chamas que sobem, para indicar que ardem de amor por nós. À esquerda, o Coração de Jesus está coroado de espinhos e sangra por uma ferida. É por causa dos nossos pecados, das nossas más ações que O fazem sofrer tanto. Para resgatar nossos pecados, Ele foi coroado de espinhos, morreu na Cruz e teve o Coração traspassado por uma lança. À direita, o Coração de Maria está traspassado por uma espada, que representa a dor que Ela suportou ao ver os sofrimentos de seu Filho por nós. Ela ofereceu esses sofrimentos em união com os de Jesus, para que sejamos salvos e alcancemos o Céu.
Usar medalhas não é uma superstição, é um sacramental da mesma forma que o escapulário. No Concílio de Trento, em 1563, a Igreja fixou o bom uso de medalhas, imagens, escapulários, lembrando aos cristãos que é preciso que fique bem claro que, quando veneramos as imagens de Cristo, da Virgem e dos Santos, não significa que colocamos nossa fé nas imagens, e sim que veneramos as pessoas que elas representam. Não devemos considerar a medalha de Nossa Senhora das Graças um talismã ou um amuleto com poderes mágicos. Ela nos ajuda a conservar o amor da Virgem vivo em nosso coração e em nosso espírito, nos estimulando a demonstrar nosso reconhecimento através da fé e de um comportamento digno de um filho de Nossa Senhora.
A mensagem da medalha é clara: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós.” Ela nos revela a Imaculada Conceição de Maria e sua cooperação na salvação concedida por Seu Divino Filho, bem como sua maternidade universal.
Capela da Medalha Milagrosa (Rue de Bac, Paris)
Novena da Medalha Milagrosa
Sinal da cruz
Ato de contrição
Senhor meu, Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro, Criador e Redentor meu. Por serdes Vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque Vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, por Vos ter ofendido, e pesa-me também por ter perdido o Céu e merecido o Inferno. Mas proponho firmemente, com o auxílio de Vossa divina graça e pela poderosa intercessão de Vossa Mãe Santíssima, emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Espero alcançar o perdão de minhas culpas, por Vossa infinita misericórdia. Assim seja.
Rezar três vezes:“Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!”
1º dia – Primeira aparição
Contemplemos a Virgem Imaculada em sua primeira aparição a Santa Catarina Labouré. A piedosa noviça, guiada por seu Anjo da Guarda, é apresentada à Imaculada Senhora. Consideremos sua inefável alegria. Seremos também felizes como Santa Catarina se trabalharmos com ardor na nossa santificação. Gozaremos as delicias do Paraíso se nos privarmos dos gozos terrenos. (Rezar três Ave-Marias, seguida cada uma da invocação: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!”)
Oração final
Santíssima Virgem, eu reconheço e confesso Vossa Santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha. Ó puríssima Virgem Maria, por Vossa Conceição Imaculada e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus, alcançai-me de Vosso Amado Filho a humildade, a caridade, a obediência, a castidade, a santa pureza de coração, de corpo e espírito, a perseverança na prática do bem, uma santa vida, uma boa morte e a graça de (pede-se uma graça), que peço com toda a confiança. Amém.
2º dia – Lágrimas de Maria
Contemplemos Maria chorando sobre as calamidades que viriam sobre o mundo, pensando que o Coração de seu Filho seria ultrajado na cruz, escarnecido e seus filhos prediletos perseguidos. Confiemos na Virgem compassiva e também participaremos do fruto de suas lágrimas. (Rezar três Ave-Marias, seguida cada uma da invocação: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!”)
Rezar a oração final
3º dia – Proteção de Maria
Contemplemos Nossa Imaculada Mãe dizendo em suas aparições a Santa Catarina: “Eu mesma estarei convosco: não vos perco de vista e vos concederei abundantes graças.” Sede para mim, Virgem Imaculada, o escudo e a defesa em todas as necessidades. (Rezar três Ave-Marias, seguida cada uma da invocação: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!”)
Rezar a oração final
4º dia – Segunda aparição
Estando Santa Catarina Labouré em oração, a 27 de novembro de 1830, apareceu-lhe a Virgem Maria, formosíssima, esmagando a cabeça da serpente infernal. Nessa aparição vemos seu desejo imenso de nos proteger sempre contra o inimigo de nossa salvação. Invoquemos a Imaculada Mãe com confiança e amor! (Rezar três Ave-Marias, seguida cada uma da invocação: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!”)
Rezar a oração final
5º dia – As mãos de Maria
Contemplemos hoje Maria desprendendo de suas mãos raios luminosos. Esses raios, disse Ela, “são a figura das graças que derramo sobre todos aqueles que mais pedem e aos que trazem com fé a minha medalha”. Não desperdicemos tantas graças! Peçamos com fervor, humildade e perseverança e Maria Imaculada no-las alcançará. (Rezar três Ave-Marias, seguida cada uma da invocação: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!” )
Rezar a oração final
6º dia – Terceira aparição
Contemplemos Maria aparecendo a Santa Catarina, radiante de luz, cheia de bondade, rodeada de estrelas, mandando cunhar uma medalha e prometendo muitas graças a todos que a trouxerem com devoção e amor. Guardemos fervorosamente a Santa Medalha, e como um escudo nos protegerá dos perigos. (Rezar três Ave-Marias, seguida cada uma da invocação: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!” )
Rezar a oração final
7º dia
Ó Virgem Milagrosa, Rainha Excelsa Imaculada Senhora, sede minha advogada, meu refúgio e asilo nesta Terra, minha fortaleza e defesa na vida e na morte, meu consolo e minha glória no Céu. (Rezar três Ave-Marias, seguida cada uma da invocação: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!”)
Rezar a oração final
8º dia
Ó Virgem Imaculada da Medalha Milagrosa, fazei com que esses raios luminosos que irradiam de vossas mãos virginais iluminem minha inteligência para melhor conhecer o bem e abram em meu coração vivos sentimentos de fé, esperança e caridade. (Rezar três Ave-Marias, seguida cada uma da invocação: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!”)
Rezar a oração final
9º dia
Ó Mãe Imaculada, fazei com que a cruz de vossa medalha brilhe sempre diante de meus olhos, suavize as penas da vida presente e me conduza à vida eterna. (Rezar três Ave-Marias, seguida cada uma da invocação: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!”)
Rezar a oração final
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